Pela Teoria e Prática da Cidadania ! Novo Golpe do Poder Municipal e Empresários de Ônibus.
15 DE AGOSTO DE 2013.
BOM DIA !
A GRANDE CONSCIÊNCIA, A ABERTURA DA CAIXA PRETA DA FETRANSPORTE, OU OS R$0,50(CINQUENTA
CENTAVOS) DE AUMENTO NO PREÇO DO LITRO
DA GASOLINA PARA FINANCIAR OS TRANSPORTES COLETIVOS?
O cinismo da gang capitalista não muda! Sobe à tona de minha
memória os incêndios de mais de vinte ônibus na Avenida Rio Branco – além da
mesma ocorrência – inclusive quebra-quebra nas Barcas Rio – Niterói -, e em outros pontos da Cidade do Rio de Janeiro
nos idos dos anos 80.
Não havia à época nenhuma
mobilização popular para fazer contestação. Foi assim, o Governo aumentou,
claro, sempre esperando as vésperas do Carnaval, ou uma sexta feira à noite, para que no fim de semana o
Carioca diluísse psicologicamente o impacto do aumento das Tarifas de Transportes
Públicos. Pronto, a Grande Consciência não deglutira goela a dentro mais uma
das milhares de canalhices da famosa dobradinha Governo Municipal com FETRANSPORTE:
deu no que deu, incendiou-se mais de 20 ônibus na Avenida Rio Branco - como se
disse no primeiro parágrafo.
Mas, tenho dúvidas se os empresários
de ônibus já tinham se organizado na FETRANSPORTE, acho que não, assim fica
aberta a caça de pesquisa para saber, ou não, se a FETRANSPORTE é filha desta última
manifestação popular da Grande
Consciência, nos anos 80.
Um ponto da complexidade deste
tema é certo, e é importante pontuá-lo para reconstruir a História de ida para
compreender e fixar o advento desta instituição tenebrosa, sorrateira,
invisível, que reúne os capitalistas das empresas concessionárias ou
permissionárias dos Transportes Público no Rio de Janeiro, de resto deve ser o
Paradigma de organização dos empresários dos transportes públicos do Brasil
afora, não duvido.
Na História de volta, ainda faltando
alguns pontos importantes, percebemos que ficaram até os dias de hoje resolvida
a forma de aumentar as tarifas dos transportes com toda a tranquilidade do mundo, pois um
gênio provavelmente representante parlamentar dos empresário dos transportes, em
Brasília, apresentara o Projeto de Lei, aprovado, lógico, e em vigor até os dias
de hoje: A LEI O VALE TRANSPORTE ! Bem, aqui, penso, prendemos o rabo do macaco.
Agora, falta, apenas, metodologicamente pesquisar e dar-lhes os nomes, os nomes
dos personagens envolvidos e seus respectivos partidos, por questão de requinte de pesquisa. Vale à
pena, pois a questão é tão relevantemente política quanto a Passeata de 1.400
mil cidadãos do dia 20 de junho de 2.013 – dia em que fora ressuscitada a
Grande Consciência.
Entretanto, o mecanismo que dera
certo nos anos 80, O VALE TRANSPORTE, que repassou para as folhas de pagamento
das empresas todos os custos de passagens de ida e volta para o trabalho que
ultrapassassem 6% do salário do trabalhador, sem originalidade alguma, um
simulacro na verdade, RESSURGE com um “novo Tiradentes” para ser sacrificado e
solver a farra das tarifas nos Transportes Público nacional. Este “novo
Tiradentes”, não se chama mais o depositário dos custos superiores a 6% do
salário do trabalhador, que em última instância volta – de forma “mágica” -
para a mesa do povo, vez que entrando na composição dos custos das empresas são
repassados aos seus produtos e serviços – desaparecendo -, quando consumidos no
m.e.r.c.a.d.o ou nos serviços
contratados pela população. A maquinação político capitalista dera certo por
quase 40 anos.
Este novo “Tiradentes” chama-se a arapuca dos R$0,50
adicionado no custo da Gasolina para ser repassado pro fundo dos Municípios e é
– segundo um gênio da FGV – Fundação Getúlio Vargas -, um fator inflacionário do
aumento na gasolina que será compensado pela redução inflacionária que será repercutida nas tarifas de transportes. Agora só falta, de novo, um Deputado e
um Partido para apresentar o novo projeto de lei – e não será problema existem
muitos e já tem até os escolhidos – a mala do homem, ou o homem da mala também
estão prontos.
Neste contexto, foi deslocado o alvo. Antes foram as folhas de
pagamentos dos empresários, agora os que possuem veículos próprios – na sua
grande maioria A CLASSE MÉDIA. Aquela mesma classe média que foi a base da passeata
de 20 de julho de 2.013. Classe média, ”Locus” da prática de cidadania mais
elevada, enquanto a fogueira dos ônibus na Avenida Rio Branco, nos anos 80, foi
a massa trabalhadora proletária, esta massa fora contida nos limites de custos de transporte
para o trabalho nos 6% de seu salário.
Concretizada esta configuração, a
porta da História se abre, ou não? Os canais de apropriação dos lucros
tarifários das passagens de transportes públicos permaneceriam por mais 40 anos,
novamente? Assim, se a História se repetisse o sobrinho de Jacob Barata - o maior empresário de Transporte Público do Rio de Janeiro –, aquele rapaz que atirou o cinzeiro e quase matou um cidadão que protestava no
faraônico casamento de uma sobrinha do empresário, da sacada do glamoroso Hotel Copacabana Palace; isto,
a repetição da História, então, deveria se dar no ano de 2.053 da era cristã. O
guapo atirador de cinzeiros, cheio de cocaína – sic – com prováveis 20 anos,
teria 60 anos de idade, provável proprietário das empresas de transporte
coletivo do tio.
Então, vamos assistir os próximos
capítulos da novela! Mas, os cidadãos engajados nas práticas mais elevadas da
cidadania, com certeza estarão fazendo História, nas praças, nas ruas, ou numa
Fazenda? Ou numa casinha de sapêêeêêêê ??? parápapá, parápapa´.....Mas, a caixa
preta da FETRANSPORTE o Vereador BRASÃO, que preside A CPI dos Transportes no Rio de Janeiro, não abrirá.
Marco Magioli – Pela teoria e
prática da cidadania.
Um comentário:
Uma aula!
Imparcilidade, bom senso, sabedoria.Visão clara e contextualizada no macrocosmo.
Parabéns, Dr. Marco!
Heli Freireg
Postar um comentário